quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quem São Nossos Amigos? (Reativando o Blog)

  Decidi reativar meu espaço de compartilhamento e reflexão.  No entanto, eu buscava um assunto, o qual pudesse ser digno de uma retomada. Eis o mesmo:
  "Costumamos dizer que amigos de verdade são os que estão ao seu lado em momentos difíceis. Mas não! Amigos verdadeiros são os que suportam a tua felicidade! Por que num momento difícil, qualquer um se aproxima de você.  Mas o seu inimigo jamais suportaria a sua felicidade!" (Padre Fábio de Melo)

                                        
  


  Ao longo da vida, sempre acreditei que os meus verdadeiros amigos seriam os que necessariamente aparecessem nos momentos de minhas maiores dificuldades.  Principalmente baseado no que a maioria das pessoas prega, 'não havia como' pensar diferente.

  Muitos pensam da mesma forma, e não há nada de absurdo nisso.  É um tanto quanto óbvio crer que nossos amigos são os que nos são prestativos quando estamos na pior, pois quando 'tudo vai bem' é fácil as pessoas terem conosco.

  Há pouco tempo - em junho deste ano -, estive num curso filosófico de gestão empresarial.  Dentre uma vasta sábia riqueza que aprendi, vale mencionar uma pertinente ao assunto, a qual corrobora a citação do Padre: "quando queremos compartilhar algum problema ou algum  acontecimento negativo, muitos são os ouvidos e atenções que recebemos.  Mas quando queremos compartilhar vitórias, conquistas ou felicidade, raros são os que se doam da mesma forma e atenção."

                                         
                           
  Vocês já notaram o que geralmente acontece quando queremos compartilhar com alguém algum episódio negativo sucedido em nossa vida ou coisas que não conseguimos alcançar/conquistar? Tentem trazer isso às suas mentes.  Notem o quanto, em geral, as pessoas são prestativas a nos ouvir e o quão são atentas aos detalhes, inclusive perguntando mais, mais e mais sobre o (s) fato (s) de nosso (s) descontentamento (s), como se fossem as pessoas mais interessadas no mundo em se doarem a nós.
  Agora, notem o inverso: tragam às suas mentes seus momentos de glória, superação, conquistas, êxito, felicidade etc.  Geralmente as mesmas pessoas que costumam nos assistir quando estamos na pior, são às mesmas as quais recorremos quando queremos compartilhar algo positivo, correto? Constataram como muitas delas são breves, monossilábicas ou pouco participativas quando compartilhamos as coisas positivas acima citadas? Pois é, isso tem uma explicação.

                                   
                              

  Dada a baixa auto-estima, desmotivação, inveja, insegurança ou frustrações que muitas pessoas possuem, muitas delas acabam desenvolvendo mecanismos nocivos, de tal forma que o fato de ouvir problemas e dificuldade das pessoas que as cercam (ou não as cercam inclusive), provoca um alento.  Uma sensação de alívio.  Um Conforto.  Desencadeando que pensem: "ufa... Não sou o único."; "não estou sozinho.", e é por isso que essas pessoas, as quais não aguentam ouvir nossos êxitos, acabam inclusive querendo ouvir cada vez mais dos nossos problemas, a fim de continuarem a se alimentar das derrotas alheias, como uma justificativa pro seus próprios fracassos pessoais.
  A conclusão não é a de que nossos amigos não se importam em ouvir nossos problemas. É tênue, e passa bem longe disso consequentemente.  
  A chave está na circunstância de que nossos verdadeiros amigos não conseguem ser contidos no momento de nos aplaudirem, parabenizarem etc, concomitantemente  conseguem ser bastante prestativos e DESPRENDIDOS quando compartilhamos nossos problemas.
  Reflitam sobre isso, 'amigos'. =)


  SUGESTÃO: evite, ao máximo, compartilhar suas derrotas com as pessoas. Só o faça às que você confiar plenamente de que não se regozijarão de suas fraquezas e fracassos.